Cesariana, minha princesa nasceu

31/10/2012 06:00

Hoje venho postar meu relato. Não é para assustar ninguém não. Até pq, depois de ver a minha princesinha, qualquer dor ficou muito pequena diante de tanto amor que surgiu. 
Minha DPP estava prevista para o dia 08/11. A minha ginecologista que sempre me acompanhou na gestação não faria o parto, pois meu plano não cobria, então, comecei a ir tb nas últimas semanas de gravidez a outro ginecologista que faria o parto. Quando completei 38 semanas, a gineco pediu para que eu começasse o acompanhamento com o exame de cardiotoco (que verifica os batimentos cardíacos do bebê e se está ocorrendo contrações). Fiz o exame e deu tudo normal. Na outra semana, dia 30/10 , com 39 semanas, refiz o exame e deu uma alteração importante, O médico que fez o exame pediu para que eu mostrasse o exame ao ginecologista naquele mesmo dia. Fiquei com muito medo mas  liguei para  falar com a minha médica (me arrependi), liguei no consultório do ginecologista que ia fazer o parto e marquei para ir ao consultório dele mostrar o exame. Depois de esperar muito para se atendida, entrei no consultório. Ele disse que não precisava me preocupar, que estava tudo bem com meu bebê, mas que preferia marcar a cesárea para o outro dia às 07h00. Eu e meu marido ficamos com um misto de medo e alegria. Sorte que já tinha deixado as malas preparadas. 
Nem dormi direito aquela noite. Já tive que ficar em jejum, pois a cirurgia seria cedo. Chegou o grande dia, 31/10/12. Lá estávamos (eu, pai, mamãe e minha irmã) no hospital no horário programado. Fiz a internação e subi ao quarto para aguardar. Estava tranquila. As enfermeiras logo chegaram para dar a roupa cirúrgica e as instruções. Por volta das 8h00 vieram me buscar. Desci de maca, que é obrigatório, apesar de estar super bem. "Despedi-me" do meu marido, minha mãe e irmã e fui levada para dentro do centro cirúrgico. Quando cheguei lá, notei algo estranho. A enfermeira que já ia colocar o acesso na minha veia, recebeu a instrução de aguardar. Começou um confusão no centro cirúrgico. Até que perguntei o que estava acontecendo e a enfermeira e instrumentista que é minha amiga e do meu marido e que ia auxiliar o médico, explicou o que aconteceu. O anestesista que ia participar da minha cirurgia ainda não tinha terminado uma outra cirurgia. O ginecologista do meu parto ficou com raiva e disse que não ia aguardar o anestesista terminar a outra cirurgia, que ele estava cheio de coisas naquele dia e então, ele simplesmente foi embora e disse que só retornaria a noite para fazer minha cesárea. Eu fiquei meio atordoada, mas sei lá. Disse a mim mesma, que não deixaria nada me tirar a calma. Então, tive que voltar ao quarto. Nesse momento já estava morrendo de fome, por causa do jejum e ainda teria q esperar até 20h00 da noite para fazer a cirurgia. O médico deixou liberado apenas umas bolachinhas e chá para mim. Estava muito, mas muito quente nesse dia e eu repetindo o mantra e pedindo a Deus para que continuasse a me deixar calma apesar de tudo que tinha ocorrido. Bom, se isso fosse o pior do que tinha que acontecer ainda estava bom rs. Enfim chegou o horário da cirurgia e de novo lá vou eu para o ritual do centro cirúrgico. Desta vez deu certo. Entrei naquele local estranho, com um monte de gente vestida a rigor, A anestesista já era outra. Pediu para eu sentar na maca e aplicou a anestesia que doeu muito. Então começaram o procedimento. Meu marido, por passar muito mal, não pode entrar. Consegui fazer com que minha irmã entrasse para filmar. A sala estava lotada. O médico, sem minha autorização, liberou que vários estagiários entrassem para acompanhar a cirurgia. Nisso, conforme minha irmã relatou (pois nesse momento eu já estava meio atordoada, meio lesa rs) o médico ia mostrando passo a passo o que estava fazendo para os estagiários, o que acabou levando muito tempo. Quando chegou o momento de tirar minha princesinha eu senti um dor, uma dor das mais horríveis que eu já senti na minha vida. Eu não sabia se tentava olhar tirando minha filha ou se gritava de dor. Eu avisei a enfermeira q estava sentindo muita dor e não sei se ela não acreditou ou se ela não podia fazer nada. Só sei q continuei a sentir dor eu tentava me manter calma, pois não queria correr o risco de desmaiar e não ver minha filha. Até que ela nasceu e me mostraram aquele anjo mais lindo. Levaram ela para os primeiros cuidados e foi aí que a dor já estava mais que insuportável. Acho que nesse momento me entreguei a dor e falava para a equipe que estava com dor, Era tanta, que mesmo minha mão presa consegui encostar no médico, pedindo ajuda. Ele gritou com a equipe que eu estava encostando no campo cirúrgico e foi então que me sedaram e eu apaguei. Não vi mais nada. Minha irmã que contou a partir daqui. Quando terminaram de fazer os primeiros cuidados com meu bebê. A neonato trouxe ela até a mim para encostar ela no meu rosto, mas eu já estava desmaiada. Fui acordar por volta da meia noite no quarto. Não tinha visto direito minha filha. A enfermeira, então a trouxe e disse que a deixaria por uns 15 minutos. Quando a vi entrar, tão pequena, tão frágil, tão linda, minhas lágrimas rolaram. Abracei, beijei e chorei muito e ela lá quietinha, como se dissesse, mãe, estou bem, estou aqui. E tudo meninas, tudo valeu a pena. Nem cheguei a ficar 15 minutos, pois ainda estava sonolenta, então a enfermeira a levou. Apaguei novamente e só acordei no outro dia, por volta das 07h00. Não senti nenhum desconforto, minha recuperação foi ótima.


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